logo ponto da mulher
Bem-estar

Alcoolismo em mulheres: causas, sintomas e tratamento

A metabolização do álcool é mais lenta nas mulheres que nos homens; saiba como lidar com o assunto

publicado em: 20/05/2022

Tamanho:
Ouça a matéria:

Alcoolismo em mulheres é um problema um pouco maior do que em homens, pois o metabolismo do álcool nelas não é igual neles. Segundo o médico Drauzio Varella, "se administrarmos para dois indivíduos de sexos opostos a mesma dose ajustada de acordo com o peso corpóreo, a mulher apresentará níveis alcoólicos mais elevados no sangue", relata ele em seu blog.

Uma das explicações para os efeitos de embriagadores do álcool maiores no sexo feminino se dá pela maior proporção de tecido gorduroso no corpo das mulheres, assim como as variações na absorção de álcool no decorrer do ciclo menstrual e por por conta das diferenças entre os dois sexos na concentração gástrica de desidrogenase alcoólica, que é uma enzima crucial para o metabolismo do álcool.

alcoolismo em mulheres
Foto: BBC

Com isso, as mulheres ficam embriagadas com doses mais baixas e acabam rapidamente progredindo para o alcoolismo crônico e suas complicações médicas.

Vale lembrar o consumo moderado de bebidas alcoólicas deve ser tanto para homens como em mulheres.

Alcoolismo em mulheres

O alcoolismo em mulheres pode causar diversos tipos de doenças, como:

  • Doenças do fígado - as mulheres correm um maior risco de desenvolver doenças hepáticas do que os homens, sendo o risco de cirrose três vezes maior nelas do que neles, segundo estudo;
  • Doenças cardiovasculares - segundo estudo, mulheres que bebem um drinque por dia apresentam uma chance menor de morte por doença cardiovascular, mas, segundo “Nurses’ Health Study”, ingerir dois ou três drinques diários aumenta o risco de hipertensão arterial e 40% probabilidade de derrame cerebral hemorrágico, além de duplicar o risco de hipertensão arterial duplica;

  • Câncer de mama - beber 2,5 a 5 drinques por dia, aumenta em 40% maior a chance de desenvolver câncer de mama;

  • Osteoporose - mulheres com menos de 60 anos que ingerem de dois a seis drinques por dia têm risco maior de fratura de colo de fêmur e de antebraço; 

  • Distúrbios psiquiátricos -  30% a 40% das mulheres que sofrem de depressão acabam abusando do álcool como se fosse uma forma de aliviar suas dores internas; 15% a 20% das mulheres que sofrem de bulimia e anorexia fazem uso abusivo do álcool, e a bebida também aumenta quatro vezes mais o pensamento de suicídio entre elas;

  • Consequências para o feto - ingerir álcool durante a gravidez pode provocar distúrbios fetais, como retardo de desenvolvimento e síndrome alcoólica fetal, caracterizada por anormalidades físicas comportamentais e cognitivas; 

  • Consequências psicossociais - enquanto os homens acabam abusando mais do álcool por problemas relacionados com o trabalho, entre as mulheres os problemas familiares são mais comuns entre as que abusam de álcool, segundo pesquisa. Além disso, as mulheres que exageram no álcool geralmente vivem também com homens que abusam da bebida, o que torna o alcoolismo em mulheres mais sujeitas a agressões físicas.

A propósito, diversos municípios brasileiros oferecem atendimento psicológico, social e orientação jurídica para vítimas de violência domésticas. Saiba aqui onde pedir ajuda em caso de violência!

Sintomas do alcoolismo

Os sintomas de intoxicação aguda provocada pelo álcool são, entre eles:

  • euforia;

  • perda das inibições sociais;

  • comportamento expansivo;

  • emotividade exagerada;

  • comportamento agressivo.

Fique sempre de olho nos sinais do alcoolismo, que é quando a pessoa demonstra que está enfrentando a doença de fato. Entre esses sinais estão:

  • compulsão, necessidade alta ou desejo incontrolável de consumir bebida alcoólica a qualquer momento;

  • abstinência física, náusea, suor, ansiedade e tremores quando se para de beber;

  • dificuldade de controlar o consumo;

  • aumento cada vez mais de doses maiores de álcool para atingir os mesmos efeitos anteriormente obtidos com quantidades inferiores;

  • distúrbios alimentares ou de sono;

  • alterações no metabolismo;

  • fadiga e dificuldades para raciocinar.

 

Tratamento para o alcoolismo

Embora o alcoolismo não tenha cura, ele é possivelmente tratável conforme a gravidade e o estágio da doença. Algumas estratégias são criadas para auxiliar quem sofre com a doença, como: 

  • Desintoxicação - a pessoa precisa de abstinência total do álcool e feita com supervisão médica. Pode ocorrer recaídas, afinal é uma dependência recaídas, mas se manter firme e retomar o foco é fundamental;
     
  • Medicações - seguindo sempre orientações médicas e nunca se automedicar;
     
  • Programas de reabilitação - o mais comum é o Alcoólicos Anônimos, que proporciona encontros para trocar experiências entre dependentes e ex-dependentes e ajudar os outros a se recuperarem também;
     
  • Terapia - desenvolver hábitos mais saudáveis é fundamental para evitar recaídas. Procurar um psicólogo pode auxiliar e muito na resolução de problemas, autocontrole e motivação para continuar o tratamento;
     
  • Rede de apoio - amigos e familiares são peças fundamentais de motivação, suporte emocional e acolhimento.
 

Por fim, procure sempre ajuda, por mais difícil que seja, pois este sempre será o melhor caminho para que o alcoolismo entre mulheres evite problemas muito graves. Assim que identificar os sintomas em si mesmo ou em alguém próximo, procure por profissionais da saúde especializados no assunto. Quanto antes, melhor!

Veja também

Mulheres Empoderadas: o que querem, frases e inspirações para se espelhar

Otimismo e força das mulheres estão cada vez mais presentes na sociedade; Confira!

Delegacia da mulher: saiba onde pedir ajuda em caso de violência

Diversos municípios brasileiros oferecem atendimento psicológico, social e orientação jurídica para vítimas de violência

avatar
Publicado por

Equipe ponto da mulher

Uma equipe inspirada pela diversidade do universo de cada mulher

Compartilhar: